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Estamos vivendo um período sem precedentes e que nos tem feito refletir sobre como seguir adiante. Foi necessário se reorganizar e estabelecer novos métodos de trabalho para manter os negócios ativos e atrativos.

Este momento também mostrou o quanto a sustentabilidade é importante, para o mundo e para as empresas.

Não faz tanto tempo, ainda se discutia sobre criar uma área de sustentabilidade e como isso teria impacto nos negócios. Mas hoje podemos afirmar que a sustentabilidade é o próprio negócio.

A sustentabilidade segue sendo uma das principais preocupações da sociedade, com consumidores que dão preferência por organizações que evidenciem em suas atuações os pilares social, ambiental e o econômico. Muitas empresas ainda enfrentam o desafio em manter essas três frentes ativas para os diferentes públicos de interesse das organizações, incluindo investidores que estão cada vez mais atentos a essa questão.

Mas como devemos nos preparar para seguir na construção de uma estratégia de negócios sustentável e assertiva?

Todas as empresas estão prontas para isso? E se ainda não foi dado o primeiro passo em busca da sustentabilidade dentro da empresa, é possível começar agora?

A boa notícia é que sim. A sustentabilidade é uma jornada, e é preciso entender cada empresa e cada cadeia produtiva para buscar as melhorias incessantemente. Neste sentido, há 15 anos, foi criada a Fundação Espaço ECO, instituída e mantida pela BASF, que promove o desenvolvimento sustentável no ambiente empresarial e na sociedade.

Com uma equipe capacitada e especializada, a instituição elabora projetos de consultoria personalizados que mensuram os impactos econômicos, sociais e ambientais, de processos e produtos de uma organização, isso tudo sob a ótica da sustentabilidade. E o resultado desta consultoria não poderia ser diferente, com um direcionamento claro, a organização pode identificar seus pontos sensíveis e como traçar uma estratégia para fortalecê-los. Atuando nos mais diferentes setores e com sua experiência, a Fundação identificou as principais tendências da sustentabilidade corporativa e quais devem guiar as discussões nos próximos anos. São eles: cadeia de valor responsável, capital natural, bioeconomia e economia circular.

Reafirmo a importância do diálogo e da troca de experiência e, celebrando os 15 anos da Fundação, foram realizados eventos abertos ao público, nos quais foi possível debater com representantes de empresas, instituições, especialistas e formadores de opinião o futuro da sustentabilidade corporativa e seus desafios. Vimos cases e estratégias e a relação com a performance organizacional, ainda mais neste período que estamos passando, além de reforçar que o tema está “quente” dentro das companhias. No meu caso, que estou muito envolvida com o assunto sustentabilidade no mundo corporativo, é muito gratificante ver isso de fato se tornando realidade. O que temos como certo é que a sustentabilidade empresarial ainda vai trazer novas formas de conectar os recursos naturais, os bens de capital aos bens de consumo, conectando o capital natural com as demandas de mercado e criando cadeias de fornecimento mais responsáveis. Para isso, é necessário nos manter ativos e atuantes para auxiliar a todos que estão nesta mesma caminhada a acompanhar as tendências e estar alinhados com as demandas, permitindo que todos tenham êxito e conquistas.

Saliento mais uma vez a importância para que as empresas insiram a sustentabilidade nos seus negócios, aqui estamos falando de um número crescente de organizações de todos os portes, e que possam contar com a troca de experiências e o apoio de entidades como a FEE. Afinal, essa é uma demanda que está cada vez mais presente no nosso dia a dia, tanto que estudo recente do Pacto Global apontou que 92% dos CEOs acreditam que sustentabilidade é fator crítico para o sucesso da empresa, porém, apenas 48% estão integrando sustentabilidade na operação. Temos um longo caminho a percorrer e não podemos desistir ou nos desviar do nosso objetivo.

Cristiana Xavier de Brito

Diretora de Relações Institucionais e Sustentabilidade da BASF América do Sul e Conselheira da Fundação Espaço ECO.